Téo Ruiz mergulha nas emoções do amor no delicado álbum de estreia ”Espera” e mostra que menos pode ser mais.

“Espera”, de Téo Ruiz, mostra que menos pode ser mais em álbum solo delicado

O cantor e compositor Téo Ruiz revela uma nova faceta de sua carreira com o lançamento de “Espera”, seu primeiro álbum solo. O projeto já está disponível nas plataformas digitais e aposta em um formato intimista e ousado: apenas voz e piano. Desta vez, ele deixa de lado os violões e guitarras que marcaram seus trabalhos anteriores, especialmente ao lado da parceira musical Estrela Leminski.

Em “Espera”, Téo explora um repertório trilíngue — português, inglês e espanhol — que aborda diversas nuances do amor e das relações humanas. As faixas percorrem sentimentos como expectativa, desejo e superação de términos. O álbum une canções autorais e releituras bem escolhidas, com destaque para versões de “Quase um Segundo” (Herbert Vianna), “Bleed” (Kid Laroi) e “Meu Jeito de Ser”, clássico eternizado pelo Só Pra Contrariar. Esta última, inclusive, já começa a se destacar nas plataformas de streaming.

A produção musical ficou por conta do próprio artista. O disco ainda conta com participações do Duo Clavis nas faixas “O Meu Jeito de Ser” e “Perdoa”. O resultado é um álbum que soa como uma conversa ao pé do ouvido. Como o próprio Téo definiu: “É uma entrega íntima, como se eu cantasse para quem está bem perto de mim”.

Uma aposta no simples e no profundo

“Espera” se destaca porque não tenta soar grandioso. Pelo contrário: sua força está justamente na delicadeza. É um álbum de sentimento, espaço e respiro. Não há pressa ou exagero. Apenas piano, voz e palavras escolhidas com cuidado. É raro ver um artista emergente arriscar o minimalismo como conceito central de um trabalho autoral.

Ao ouvir faixas como “Quase um Segundo”, fica evidente que Téo está confortável nesse território confessional. No entanto, algumas versões podem dividir opiniões. Fãs do Só Pra Contrariar talvez estranhem o tom mais introspectivo de “Meu Jeito de Ser”. Porém, quem se permite entrar no universo do disco certamente entenderá a sutileza dessa escolha.

Conclusão: um disco para quem quer sentir sem pressa

“Espera” não é um álbum feito para tocar em playlists agitadas ou ser trilha sonora de uma viagem de carro. Ele pede atenção, silêncio e entrega. É um projeto maduro, sensível e bem produzido. Deixa claro que Téo Ruiz sabe o que quer dizer — e escolheu o formato ideal para expressar isso.

O disco representa um passo corajoso para quem sempre navegou entre sonoridades populares e coletivas. Também sinaliza boas possibilidades para seus futuros projetos. Seja mantendo essa linha minimalista ou retornando ao som de banda completa, Téo Ruiz demonstra ter muito a oferecer.

Ouça o álbum “Espera”:

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