Luís Couto estreia em carreira solo com o álbum “Rosário”

Disco traz memórias de infância, raízes afro-brasileiras e um novo começo direto da Suécia

Depois de marcar presença no cenário independente com as bandas Devise e Churrus, o cantor e compositor mineiro Luís Couto apresenta o seu primeiro disco solo: Rosário. O lançamento marca um recomeço artístico e pessoal para o músico, que desde 2023 vive em Estocolmo, na Suécia. O álbum já está disponível nas plataformas e mergulha em temas como identidade, saudade e espiritualidade.

Ouça no Spotify

Recomeço com raízes firmes

A inspiração para o projeto veio justamente da saudade de casa e do desejo de redescobrir sua própria trajetória. O nome do disco faz referência ao bairro onde Luís cresceu, em Bom Despacho (MG), e também à tradição do Congado — manifestação afro-brasileira que faz parte da história de sua família.

Em faixas como Um Minuto, o artista reflete sobre a dificuldade de recomeçar e o caminho de volta para si mesmo. A proposta do álbum é um retorno emocional e espiritual às origens, costurado por uma sonoridade que mistura indie, MPB e rock alternativo.

Temas sociais e existenciais continuam presentes

Mesmo em um momento de transformação, Luís mantém em suas letras o olhar crítico sobre o cotidiano e  desigualdade social . Esses temas, recorrentes em seus projetos anteriores, agora aparecem sob uma nova luz, mais introspectiva e sensível.

Em suas palavras:

“Pra começar de novo, aqui da Suécia, eu precisei entender melhor quem eu sou, de onde eu vim e qual o lugar que devo ocupar no mundo como artista brasileiro criado no interior de Minas.”

Colaborações e produção

Gravado entre Belo Horizonte e Estocolmo, Rosário contou com uma equipe extensa de músicos e profissionais. Os arranjos têm participação de nomes como Carolina Rodrigues (violoncelo), Gabriel Corrêa (bateria), André Carvalho (baixo), Lucas Bonza (guitarras), entre outros. A mixagem e masterização ficaram por conta de Leonardo Marques, exceto na faixa Postal, finalizada por Felipe D’Angelo.

A arte gráfica e as fotos foram assinadas por Renato Tavares e Gabriel Caetano, que reforçaram o tom intimista do projeto.

De bandas a solo: a trajetória até aqui

Luís começou na música ainda criança, tocando piano aos 9 anos. Entrou na Churrus aos 20, e em seguida fundou a Devise, banda que conquistou reconhecimento nacional. Foram mais de dez anos de estrada, três álbuns e diversas premiações. O grupo mineiro chamou atenção até de Julian Casablancas (The Strokes), que elogiou a versão da banda para Is This It.

Agora, longe de casa, Luís transforma saudade e memória em música, abrindo um novo capítulo com Rosário — um disco que traduz pertencimento, reconstrução e o poder de voltar às origens.

Postagens populares:

Edit Template