Com influências que vão da MPB ao trap, o artista paulistano entrega um trabalho poético e urbano que segue se destacando entre os lançamentos do ano
O cantor, compositor e produtor Daniel Francisco, mais conhecido como Meu Nome É Francisco, lançou em 202 seu primeiro álbum solo, “Só O Tempo Que Dá Nome Às Coisas” — e o trabalho segue repercutindo como um dos mais interessantes e inventivos da nova cena.
Com 10 faixas que cruzam poesia, beats e brasilidade, o disco constrói uma ponte entre a nova MPB e a música urbana contemporânea, reafirmando Francisco como um dos nomes mais inquietos e criativos de sua geração.
Com formação em canto popular e produção musical, o artista carrega na bagagem uma trajetória intensa nos palcos e bastidores da cena paulistana. À frente do selo e estúdio PreguiSom, ele tem se consolidado como um produtor que busca experimentação, liberdade e pensamento crítico — traços que se refletem fortemente em cada faixa do álbum.
“Este é mais do que apenas um álbum musical: ele é uma experiência multisensorial”, afirmou o artista à época do lançamento. E o ouvinte sente isso logo nas primeiras audições: as faixas exploram diferentes percepções do tempo — passado, presente e futuro — traduzidas em sons que oscilam entre o onírico e o urbano.
Entre os destaques, estão “Dreamlike”, que mistura bossa com drum & bass, e “Embrulho”, que traz uma pegada sofisticada de jazz. Já em “Besta”, o artista entrega uma canção romântica com batidas que remetem ao afoxé e ao ijexá, mostrando sua versatilidade e profundidade estética.
O álbum também conta com participações especiais de nomes como Alan Bernardes, Eluna, Ariele Porto, Baobá, Marcos Paiva e Daniel Carlomagno, ampliando o diálogo entre gerações e estilos dentro da música brasileira contemporânea.
Mesmo meses após o lançamento, “Só O Tempo Que Dá Nome Às Coisas” continua atraindo ouvintes e novas leituras, consolidando-se como um dos álbuns mais ricos e sensíveis da nova MPB em 2025 ,uma obra que traduz a inquietude do tempo, o lirismo das ruas e o olhar poético de um artista em plena maturidade criativa.
											